Na Ilha

dos Leprosos

Bispo Alexandre Mileant

Traduzido pelo by Natalia Martynenko

 

"Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (Mat. 5:8).

 

A escola da nossa paróquia aceita crianças que não pertencem a religião ortodoxa, contanto que aprendam as rezas e o catecismo junto com as outras crianças da escola. Há alguns anos atrás, a mãe de um dos alunos me telefonou e, muito zangada, me disse que iria tirar sua filha da escola porque ela achava que nós estavamos distorcendo a fé Cristã. Para suportar seu argumento, ela se referiu ao fato de que nós estavamos ensinando as crianças uma oração em que se encontram as palavras: "e nos purifique de cada impureza" (oração "Reino dos Céus"). "Somos todos Cristãos," disse a mulher, "e portanto somos santos e puros. Não vejo razão alguma para instigar nas crianças sentimentos melancólicos de propensão ao pecado e penitência"! Foi aí deduzido que esta mulher pertencia a uma seita carismática.

Lamentavelmente, este conceito ingênuo de impecabilidade e santidade , como também, a incapacidade de compreender a real essência do Cristianismo, tem caracterizado a religião Protestante desde os tempos de Lutero (começo do século XVI). Um notável teólogo protestante, resumiu o conhecimento protestante do Cristianismo como o seguinte: "A absolvição de um pecador é um completo ato de Deus. Quando um dos seus seguidores é absolvido, todos os seus pecados, passados, presentes e futuros serão perdoados. No momento em que Deus pronuncia sua absolvição, todos os seus pecados são perdoados" (frase do livro de William G. T. Shed, chamado Teologia Dogmática, Grand Rapids: Zondervan 1888).

Aparentemente, ter fé em Jesus Cristo automaticamente assegura ao homem, que ele não peca, ou seja, ele se abstém da culpa dos seus pecados. Tal opinião, não é somente radical e errônea, como também muito prejudicial, porque destitui o homem do poderoso significado da regeneração, na qual o nosso Senhor Jesus Cristo guiou aos seus seguidores, para assim se alcançar a purificação espiritual e a santificação.

Em primeiro lugar, a doença espiritual é bem diferente da doença física, porque a doença espiritual é inseparável do nosso próprio ego, da vontade própria, do seu subconsciente, das suas experiências, hábitos e preferências. Quando o Senhor Jesus Cristo curou pessoas que estavam sofrendo de diferentes doenças físicas, Ele o fêz instantâneamente, para que elas se livrassem de suas enfermidades de uma vez por todas, sem requererem mais cuidado algum. Enquanto que a cura espiritual, que é representada pela regeneração da alma danificada pelo pecado, é um processo mais lento e mais complexo, no qual a própria pessoa precisa participar ativamente de sua própria cura. Isto acontece porque o pecado se enraizou tão profundamente em nossa natureza humana, que praticamente se "entrelaçou" com ela.

Se queremos realmente procurar exemplos da fé Cristã, devemos voltar-se a Igreja dos primeiros Cristãos. Quando lemos o livro do Novo Testamento, o que nos chama a atenção, é o fato de que apesar das muitas graças e dos muitos exemplos de elevada santidade que aconteceram aos Cristãos, nota-se também outros exemplos de natureza contrária. Como exemplo, podemos citar que poucas semanas após a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e a formação da primeira comunidade Cristã em Jerusalém, se nota o aparecimento do favoritismo e injustiça entre os fiéis ao que se refere a distribuição de ajuda (Ato 6:1). O Apóstolo São Paulo, critica os Cristãos por demonstrarem inveja, vaidade, orgulho, controvérsia e de possuir um espírito litigioso (1 Cor. 3:1-4; 1 Cor. 4:8; e 1 Cor. 6:1-9). Ele os censura também, por terem tolerado e aceitado entre eles mesmos, um incestuoso que abusa da mulher do seu próprio pai (1 Cor. 5:1-7). Além do mas, ele os invoca a evitar os pecados da impureza (1 Cor. 6:15-19), e os adverte a não se inchar de orgulho por conta dos talentos da língua (1 Cor. 12-14). Ele acusa os Cristãos da Galácia de "se morderem e se devorarem" uns aos outros (Gal. 5:15). Os Apóstolos tiveram que advertir aos Cristãos que parassem com a embriaguez e o excesso aos prazeres nos banquetes e festas, (q.v., epístolas (2 Ped. 2:13 e 1 Cor. 11:17-32). São Paulo repreende aos Cristãos por comerem carne sacrificada a ídolos ofendendo assim, a outros Cristãos (1 Cor. 8). Ele também menciona a deslealdade entre irmãos. Em cartas às igrejas da Asia Menor que podem ser lidas no começo do livro Apocalipse, há criticismo de: indiferença, arrogância e orgulho. Em outras palavras, haviam Cristãos com um grau espiritual bem elevado convivendo com outros Cristãos já moralmente degenerados, como o ordinário pagão o é, porque se tornaram negligentes após o batismo e foram dominados por suas antigas paixões.

Nossa condição humana, pode ser comparada a uma vida numa ilha de leprosos, onde os habitantes se encontram em diferentes estágios de recuperação. O Sacramento do Batismo "lava" a lepra dos pecadores e induz o homem a um grande poder espiritual. As cicatrizes do pecado, no entanto, não desaparecem logo, uma certa predisposição ao pecado permanece. Existem muitos fatores que ameaçam o homem e lhe dão a oportunidade de pecar como: tentações externas, morar em um ambiente desfavorável, seus próprios hábitos pecadores e fraquezas, imaturidade espiritual, materialismo, inconstância e fragilidade. Se a pessoa não lutar contra os pecados, por menores que sejam, e por sua fraqueza e não os purificar através da penitência, eles podem se tornar com o tempo, um pêso moral, o qual, pesará muito na consciência de um Cristão, podendo também, levá-lo a destituição espiritual (1 Tim. 1:19).

Uma triste realidade em nossas vidas, é a de que até mesmo os pequenos pecados que cometemos são inevitáveis, como o pó que se encontra no ar que respiramos. Assim como é necessário lavar-se todos os dias e limpar os seus aposentos, é necessário também, se arrepender constantemente de seus pecados diários. Agora eu pergunto: quem é que se consideraria o mais santo e mais perfeito do que os Apóstolos de Cristo? Pois saibam que nem mesmo eles se consideravam incapazes de pecar. "Porque todos nós pecamos em muitas coisas," escreveu São Tiago (Tia. 3:2). "Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós... se dissermos que não temos pecados nós mesmos nos enganamos, e não há verdade em nós. Porém, se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a iniquidade, "escreveu o Apóstolo São João (1 João 1:10, 8-9). O Apóstolo São Paulo se encontra penosamente ciente de sua própria indignidade dizendo: "Jesus Cristo veio a este mundo salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro" (Tim. 1:15). Nota-se que ele não diz "eu era," mas sim "eu sou" ; evidentemente porque ele continuou se arrependendo por ter perseguido aos fiéis. Dizem que os olhos do Apóstolo Pedro estavam sempre avermelhados porque, quando ele ouvia o galo cantar de madrugada, se levantava e lembrava de sua rejeição a Cristo, começando a lacrimejar novamente.

O Apóstolo São João, ensina aos Cristãos como prestar atenção ao seu estado espiritual com as seguintes palavras: "Filhinhos meus, eu vos escrevo estas coisas para que não pequeis. Mas, se algum pecar, temos um advogado junto do Pai, Jesus Cristo justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados; e não sómente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo... Porém, se nós andamos na luz como ele mesmo também está na luz, temos comunhão recíproca, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado... E todo o que tem esta esperança nele santifica-se a si mesmo, assim como também ele é santo" (1 João 2:1-2; 1:7; e 3:3). São Paulo escreve algo similar como o seguinte: "Tendo, pois, estas promessas, meus caríssimos, purifiquemo-nos de toda a imundice da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2 Cor. 7:1; e cf. Heb. 9:13-14). Nestas passagens, se nota claramente que os Apóstolos não estão convocando pagãos ao arrependimento mas sim aos Cristãos, como também, as palavras que eles usam: "purifica" e "purifiquemo-nos," sugerem que a pureza moral tem as suas graduações, assim como para a propensão ao pecado. Pela mesma razão, uma outra escritura nos diz: "Aquele que prejudica, prejudique ainda; e aquele que é impuro, continue na impureza; e aquele que é justo, justifique-se mais, e aquele que é santo, santifique-se mais" (Apo. 22:11).

Portanto, a irrepreensão moral deve ser considerada como uma meta e um ideal, e não uma condição já adquirida. No Evangelho se encontram as parábolas da embarcação no mar e a do trigo e a cizânia, e o que elas nos querem dizer é que a Igreja não é composta sómente de santos, mas inclui também, pessoas de vários níveis espirituais, incluindo os pecadores. Em seguida, citamos o que o Apóstolo São Paulo nos tem a dizer sôbre a Igreja: "Ora numa grande casa não há sómente vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; e uns para usos honrosos, outros, porém, para usos vis" (2 Tim. 2:20). Ao que se refere ao futuro Reino dos Céus, foi dito que: "Não entrará nela coisa alguma contaminada, ou quem cometa abominação ou mentira, mas sómente aqueles que estão inscritos no livro da vida do cordeiro" (Apo. 21:27).

A origem dos nossos problemas espirituais, é a de que nós nascemos com uma natureza humana já danificada pelo pecado. Por exemplo: O que poderia ser mais puro e mais inocente do que uma criança? Eu diria que mesmo vivendo nas mais favoráveis condições de uma vida familiar, as crianças, as vezes, são teimosas, cruéis e desonestas; e elas são capazes de serem falsas, contam mentiras, batem em outras crianças e ou, por maldade, quebram um brinquedo de outra criança. Os pais geralmente interpretam isto como travessuras infantis. Mas, na verdade, o que os pais precisam entender é que, se eles não ensinarem aos seus filhos como lutar contra estas más tendências, elas se tornarão costumeiras e com o tempo as crianças se tornarão rebeldes. É por isto que a Igreja requer que as crianças comecem a confessar a partir dos sete anos.

Quando os membros da denominação Protestante se consideram santos e sem pecados simplesmente porque acreditam em Jesus Cristo, estão causando um grande dano espiritual a eles mesmos, e privando-se das graças que o Senhor nos deu para a nossa regeneração espiritual. Entre elas podemos citar: o freqüente e cuidadoso exame de nossa consciência, arrependimento constante, confissão dos pecados perante a um Padre e receber o corpo e o sangue de Cristo na comunhão.

Suponhamos que você acredita realmente em Cristo e que você tenta viver uma vida Cristã. Você não matou ninguém, não cometeu o adultério, não robou, e nunca bebeu em demasia, ou seja, você vive a sua vida com moderação e se empenha duramente. O que você pensa que isto significa, que você é impecável? E os pensamentos e sentimentos impuros que surgem em nós involuntariamente? E a conversa fiada, o elogio de si próprio, a inveja e o ódio no coração? E a indiferença á verdade e aceitação de falsos ensinamentos como os pecados que todos os Protestantes também cometem? E o amor próprio que sentimos, a vaidade, o sentimento de superioridade perante aos outros, o orgulho, a desconfiança, falar maliciosamente sôbre a infelicidade dos outros, ser covarde, desesperar-se, criticar aos outros, o desinteresse espiritual, a preguiça, a perca de tempo, a hipocresia e o olhar sensual? E de quando se apegamos a coisas mundanas, sonhamos em ficar ricos ou a descompaixão e indiferença aos sofrimentos dos outros? Existe realmente alguem que pode analisar cuidadosamente a sua vida, ou mesmo um só dia, e declarar que esta pessoa é completamente impecável e até mesmo santa? Se você respondeu não isto significa que está pessoa é impura (c.f. Mat. 15:18-20), e que deve então se arrepender e pedir ajuda a Deus para purificar a sua vida.

São paradoxos aqueles que são verdadeiramente íntegros. Estamos falando de pessoas como: São Serafim de Sarov, Sento Ambrósio de Optina, São João de Kronstadt, Arcebispo João de Shangai, entre outros, sempre se arrependeram com sincera penitência de seus pecados e imperfeições, enquanto que, temos alguns dos Cristãos contemporâneos com o seu próprio estilo, que evitam qualquer tipo de empenho espiritual e andam por aí com a cabeça erguida e olham para o restante de nós, pecadores, com desprezo. Foi para este tipo de pessoa, aquelas que se consideram "santas," que o Senhor lhes disse: "Conheço as tuas obras, que não és nem frio nem quente; oxalá foras frio ou quente; mas, porque és morno, e nem frio nem quente; começar-te-ei a vomitar de minha boca, porque dizes: Sou rico e cheio de bens, de nada tenho falta; e não sabes que és um infeliz e miserável, e pobre, e cego e nú. Aconselho-te, que me compres ouro provado no fogo, para te fazeres rico, e te vestires de roupas brancas, e não se descubra a vergonha da tua nudez" (Apo. 3:15-18).

Uma das piores coisas sôbre o Protestantismo, é a de que o padrão moral rebaixou-se drasticamente. É fácil de se compreender que as pessoas podem ter diferentes idéias sôbre limpeza. Um "desleixado," por exemplo, estará feliz enquanto não tiver nenhuma comida estragando em sua casa e os lençóis do seu quarto não estiverem grudados de sujeira, enquanto que, o tipo "excêntrico" sofre muito quando vê algo em desordem.

Deus não quer que a gente viva de uma maneira desleixada. Ele deseja que cada um de nós se esforce com muita seriedade para atingirmos a perfeição espiritual. "Vós sereis santos, porque eu sou santo" (Lev. 11:45). Nota-se que a bem-aventurança que se refere a pureza do coração (Mat. 5:8), se encontra em sétimo lugar entre as outras, e esta é precedida por declarações de humildade (o pobre de espírito), arrependimento (os que choram), os mansos (que sabem esperar), ou seja, um árduo esforço para se manter a dignidade, incluindo o jejum e a clemência. Em outras palavras, a pureza do coração é alcançada através de um esforço intenso e, portanto, se diz: "Abençoados são os que tem pureza no coração; pois estes encontrarão à Deus."

Uma triste consequência do nosso danificado estado pecador é o radical conflito que existe entre as aspirações nobres do nosso espírito e os desejos desordenados de nossa carne. A questão dessa divisão interna é tão importante que as Sagradas Escrituras ressaltam muitos aspectos sôbre isto e nos compelem assim, a viver uma verdadeira vida espiritual. Citaremos a seguir, as passagens mais marcantes:

"Andai segundo o Espírito, e não satisfareis os desejos da carne. Porque a carne tem desejos contrários ao espírito, e o espírito, desejos contrários à carne; porque estas coisas são contrárias entre si, para que não façais tudo aquilo que quereis" (Gal. 5:16-17).

"Ora a prudência da carne é morte, e a prudência do espírito é vida e paz. Porque a sabedoria da carne é inimiga de Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar... Portanto, irmãos, não somos devedores à carne, para que vivamos segundo a carne. Porque se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se, pelo espírito, fizerdes morrer as obras da carne, vivereis" (Rom. 8:6-7, 12-13).

"Ninguém, quando é tentado, diga que é tentado por Deus; porque Deus não é tentador de coisas más; e ele não tenta ninguém. Mas cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. Depois a concupiscência; quando concebeu, dá à luz o pecado; e o pecado, quando tiver sido consumado, gera a morte" (Tia. 1:13-15).

"Tendo pois, Cristo sofrido por nós na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; aquele que sofreu na carne, deixou de pecar, para viver durante o tempo que lhe resta passar na carne, não segundo as paixões do homem, mas segundo a vontade de Deus" (1 Ped. 4:1-2).

Muitas vezes, este conflito contra a tentação pode se tornar bem intenso, requerendo de nós um esforço espiritual ainda maior. São Paulo escreveu aos cristãos que estavam com o espírito enfraquecido, o seguinte: "Pois ainda resististes até derramar o sangue, combatendo contra o pecado" (Heb. 12:4).

E para adicionar aos ensinamentos dos Apóstolos que mencionamos acima, São João de Kronstadt nos diz: "Mantenha firmemente em sua mente que você é uma pessoa composta de duas partes: a primeira é corporal, de certa idade e instigada por paixões. Esta parte você deve dominar, não se entregando as suas insistentes demandas pecadoras. A segunda parte é a espiritual, nova, procura Cristo, vive em Cristo, e encontra Nele a sua própria vida e a tranquilidade."

Para escapar do domínio dos desejos desordenados do pecado-amante da carne, o Cristão precisa sempre lutar contra as tentações e não deixar que os pecados se acumulem em sua consciência. O Santo Serafim de Sarov nos ensina o seguinte:

"Ele que será salvo precisa sempre ter um coração arrependido e inclinado a penitência. *O meu sacrifício, ó Deus, é um espírito contrito, não desprezarás ó Deus, um coração contrito e humilhado* (Sal. 50:19). Com tal espírito de arrependimento, o homem pode prontamente e sem dano algum, evitar as ciladas astutas do demônio, que tem como finalidade transtornar o espírito do homem semeando suas pragas por meio destes transtornos... por toda nossa vida nós subestimamos a grandiosidade de Deus, caindo nos caminhos do pecado; portanto, devemos sempre pedir ao Senhor humildemente pela remissão de nossos pecados"

Seria tolo e destrutivo, nos enganar-mos com a idéia de que não somos piores do que outras pessoas, e de que Deus nos ama e portanto tudo estará bem. Isto não é verdade: o pecado é uma séria doença moral. No Sacramento do Batismo, o Senhor "lava" a nossa lepra espiritual e nos infunde com uma nova energia espiritual. Ainda assim, as cicatrizes de nossa doença anterior permanecem conosco, assim como, o perigo de uma recaída, por se estar convivendo com o restante dos "leprosos."

A Igreja nos oferece armas poderosas para se previnir do pecado e lutar contra ele. O jejum, o asceticismo, a penitência e a confissão podem soar como muitas obrigações, especialmente para a pessoa que é heterodoxa e que procura no Cristianismo só as coisas alegres e fáceis de se obter. É preciso entender que a perfeição espiritual, a dignidade, a santidade, a proximidade à Deus, a meditação à Deus, o Reino dos Céus e a ventura eterna, são todos os aspectos de uma só qualidade, a qual ocupa um lugar central entre eles. E a pureza do coração, é adquirida através da constante batalha contra as suas próprias imperfeições. É aqui que descobrimos uma clara lei: quanto mais puro o cristal, mais luz ele propaga; quanto mais polido o diamante, melhor brilhará.

Assim sendo, se desejamos obter todas as graças que estão prometidas à nós, precisamos examinar cuidadosamente o nosso estado espiritual e arrepender-nos sinceramente, até mesmo dos menores pecados que cometemos. O caminho é estreito, e as vezes abrupto, mas na verdade, não existe outra maneira!

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Missionary Leaflet # p71b

Copyright © 1999 and Published by

Holy Protection Russian Orthodox Church

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Editor: Bishop Alexander (Mileant)

 

(essence_christianity_2p.doc, 08-13-99)