Sobre a Igreja

Pelo Protopresbítero Michael Pomazansky

Tradução: Rev. Pedro Oliveira Junior.

 

Conteúdo:

Há uma Igreja Invisível?

A esfera é a Igreja Celeste.

Como Podemos Servir a Igreja.

Há uma Igreja Invisível?

O Protestantismo Ocidental dividido em centenas de seitas e denominações, naturalmente teve que se aproximar da questão: onde está a Igreja verdadeira no meio dessas divisões confessionais? E ele não foi capaz de inventar outra maneira de explicar isso, a não ser através da "igreja invisível" que misteriosamente existe no meio de todas as diferenças e erros e pecados dos homens — uma igreja que é santa, cujos participantes são conhecidos somente por Deus, e que consiste somente daqueles que são dignos de estar nela.

No entanto, foi por alguma razão que nosso Divino Salvador nos deixou parábolas: a parábola da rede que traz para a praia não só peixes bons, mas também maus; a parábola do campo no qual o proprietário deixa o joio crescer com o bom trigo até a colheita. Os Apóstolos fundaram a Igreja através do Mistério visível do Batismo de todos os que declararam para eles sua fé em Cristo. E a Igreja foi, como permanece, uma rede ou um campo para "todos aqueles que querem ser salvos e chegar ao conhecimento da verdade." Para aqueles que querem a vida eterna, apesar de ainda estarem vivendo "na esperança," não tendo ainda entrado no repouso celeste.

Os Apóstolos fundaram comunidades "visíveis" externamente, com uma participação definida, uma em alma apesar de externamente separadas, e todas essas comunidades eram a única Igreja de Cristo. Assim a Igreja permanecerá para sempre. Seu objetivo é chamar e preparar homens para a vida eterna em Cristo.

Por isso, a Igreja Apostólica Ortodoxa responde: tal igreja invisível que, no meio de muitas divisões confessionais, ou acima delas, escolheria as pessoas dignas dentre elas, e as uniria todas — não existe.

Porém iso nem de longe significa que nós Cristãos Ortodoxos não acreditamos numa Igreja Invisível. Se nós não acreditássemos, nós não pronunciaríamos no Credo diariamente, ou mesmo várias vezes por dia, tanto nos ofícios Divinos quanto nas orações em casa, "Creio" com respeito à Igreja. Fé, na definição do Apóstolo é "a prova das coisas que se não vêem" (Hb. 11: 1). Nos três últimos parágrafos do Credo nós aplicamos as palavras "Eu confesso" e "Eu espero...." Isso significa que em nosso ensinamento sobre a Igreja nós reconhecemos também sua esfera invisível. Onde é e o que é ela?

A esfera é a Igreja Celeste.

Quando nós falamos sobre a Igreja, e nas discussões escritas sobre ela, com freqüência, como se fosse, nós esquecemos essa esfera, e por esse fato nós enfraquecemos o poder espiritual, nós perdemos a semente doadora-de-vida que está contida no entendimento Ortodoxo do ser e essência da Igreja. E por isso, nossa conversa sobre Igreja, sobre a Igreja terrestre, no período presente que é tão difícil para a fé, com freqüência traz pesar e não consolação. Restringindo nossas idéias sobre fé somente sobre a esfera terrestre, nós nos empobrecemos. Isso pode ser sentido especialmente agora. De um lado, as Igrejas ortodoxas Locais estão ficando isoladas (umas das outras) nas suas relações terrestres, e possivelmente divisões mais profundas estão à frente. De outro lado, tentativas estão sendo feitas de formar "uma igreja" na terra com princípios totalmente estranhos à consciência Ortodoxa. Não é de um reconhecimento frio e abstrato da invisível Igreja Celestial que nós precisamos. Ao contrário, precisamos com toda nossa alma pensarmos e nos sentir sermos membros da "Igreja dos Chamados" em viva e ativa comunhão com a "Igreja dos Escolhidos." Pois é nisso também que é para ser em parte encontrada nossa escolha — não nossa escolha pessoal, individual, mas a escolha da Ortodoxia entre as confissões Cristãs.

No século dezenove o espírito protestante começou a penetrar na sociedade russa, e em alguns lugares também entre o povo simples. Nossos escritores da igreja colocaram diante de si o objetivo de oporem a acima mencionada visão estrangeira de Igreja, o ensinamento Ortodoxo de que no meio de toda divisão do Cristianismo a Igreja na terra é uma e única. Eles explicaram que os atributos essenciais, logicamente claros e naturais da Igreja tem que ser, e foi, a ininterruptibilidade da hierarquia vinda dos Santos Apóstolos, e o ensinamento da fé, confessada e mantida sem mudança. Esses são os sinais exteriores que são compreensíveis para todo mundo; essa é a Igreja Ortodoxa Oriental. Assim a questão foi limitada e respondida pelo ensinamento sobre a Igreja na terra.

A questão da Igreja tornou-se realmente uma questão também nos dias de hoje, mas agora tem um escopo mais amplo. Apesar do "movimento ecumênico" dos tempos recentes estar ocupado não com a questão da unidade da fé, mas com o objetivo de participar no plano proposto de uma reconstrução da sociedade humana — ainda assim, mais cedo ou mais tarde, a questão das bases e escopo da Fé Cristã nessa tentativa de união terá que aparecer. É nossa obrigação mostrar porque esse movimento não pode ser justificado. Mas nós mesmos não estaremos completamente justificados se nós descermos da amplitude da visão-de-mundo Ortodoxa, com sua plenitude, para a estreita plataforma de concepções, e mais importante, para as concepções ocidentais de Igreja.

Houve um tempo em que foi permissível e não danoso para os representantes de história e teologia da Igreja da nossa Igreja, quando entrando em dialogo com o protestantismo, descer para essa plataforma estreita; mas nas circunstâncias presentes, isso não é mais justificado.

Ainda que nós não sejamos forçados a responder a um movimento que está passando por nós, isto é ao nosso lado — mesmo assim, é mais consolador para nós reconhecermos que estamos sob a proteção de um grande coro celestial de santos, do que esquecer disso.

"Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc. 23:43) — as santas palavras pronunciadas no Gólgota. Paraíso! Não é essa, uma palavra esquecida? Segundo o terceiro capítulo da Gênesis não é. Ouvido no Velho Testamento, um querubim, com uma espada inflamada, foi posto para guardar a entrada do Paraíso. Mas no dia do Gólgota, os portões foram abertos. "O querubim afastou-se da árvore da vida, e espada inflamada pôs-se a voar." Os justos do Velho Testamento os primeiros mártires Cristãos que partiram, entraram no Reino de Cristo nos céus.

Com a passagem de décadas e séculos o celeiro de Cristo começou a ficar cheio, com os Apóstolos, com as fileiras de mártires, confessores, hierarcas, ascetas e justos. A Igreja dos santos vive uma vida de bem-aventurança em Deus, com orações de louvor e agradecimento; e desde que "o amor nunca falha" (I Co. 13:8), eles se juntam em orações pelos irmãos na terra. E nós também pedimos as orações deles por nós e por nossos próximos que já partiram. Essas orações, como uma expressão da proximidade espiritual, são entrelaçadas em todas as direções, puxando o céu para perto da terra. Na verdade, como poderíamos nós não sentir a proximidade das coisas celestes e terrestres, se nós desejamos tanto a vida bem-aventurada para nossos próximos que partiram e suplicamos ao Salvador em orações por eles?

Além do mais, o Cristão Ortodoxo, se tem uma ligação viva com sua Igreja, constantemente vê e ouve na Igreja e em casa lembranças da Igreja Invisível dos santos, e sua alma estão em contato constante com pensamentos sobre isso. Ele recebeu na infância, no seu batismo, um nome Cristão, o nome de um santo, e ele se sente especialmente próximo desse santo e em suas orações pessoais ele suplica a esse santo a orar para Deus por ele. Ele olha no seu calendário pessoal, e diante dos seus olhos está uma lista mensal de santos, preenchida com os nomes dos santos de todos períodos do Cristianismo. Ele entra na Igreja, e diante de seus olhos aparece um outro mundo, o mundo celestial fixado em imagens nos ícones, na iconostase, nas paredes, e com freqüência até no ponto mais alto do domo.

O ofício de Vigília, começando com a glorificação da Santíssima Trindade, dirige imediatamente seus pensamentos para o Reino de Cristo, pela chamada para chegar junto e adorar Sua Cabeça "o próprio Cristo, nosso Rei e nosso Deus." Dai para frente o ofício é penetrado pela lembrança de santos, especialmente da Santíssima Theotokos. Na pequena litania, "De novo..." — que é cantada perto de dez vezes numa Vigília festiva—nós somos lembrados de "invocar a Toda Santa, Toda Pura, Bendita e Gloriosa Soberana, a Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria, com todos os santos," e em tal consciência entregarmo-nos todos e cada um de nós a Cristo nosso Deus.

Quando mandando uma prósfora para comemoração no altar antes da Liturgia, o Cristão que já ouviu uma explicação sobre a Liturgia sabe que as partículas tiradas dessa prósfora serão colocadas na santa patena no meio das partículas "para os vivos e os mortos" abaixo do conjunto das partículas que representam simbolicamente a Igreja toda de Cristo. No centro, o Cordeiro de Deus, de um lado uma partícula em honra da Theotokos, do outro lado partículas em memória de todos os santos em nove classificações. Tão perto de nós está a Igreja Celestial, que nós confiamos a ela todas as nossa angustias, fraquezas, quedas, pesares e alegrias e nós expressamos amor por ela; nós pedimos a ela suas orações e sua ajuda para nós.

Esse é o mundo espiritual que está acessível para nós mesmo que nós vivamos em uma igreja paroquial comum. Multipliquem essa possibilidade para aqueles que vivem em mosteiro, e especialmente para padres e diáconos que servem freqüentemente no altar, ou para aqueles que são designados para o kliros. Conclui-se que na Igreja Ortodoxa a comunhão com os santos, com a Igreja Invisível, pode ser mais íntima do que com o mundo que nos cerca fora dos muros da Igreja; para muitos é realmente isso.

Mas uma real comunhão terrestre com toda Igreja terrestre, dispersada por todas as nações e estados, é possível para nós? De fato, dentro de uma e mesma igreja paroquial, qualquer comunhão religiosa espiritual ocorre fora do prédio da igreja? Em vão as pessoas se iludem, com sonhos de "plenitude" de comunhão e unidade de todo mundo Cristão na terra.

No entanto, em nossa Igreja Ortodoxa, comunhão de alma e mente, todo nosso empenho, tudo é dirigido para a Igreja Celestial, de modo que ela, sendo invisível, se torna quase visível, e da distância das alturas celestes torna-se a coisa mais próxima de nós. Terra e Céu são uma única Igreja de Cristo. Essa é a Igreja mais completa que pode ser organizada, ainda que se possa chamar junto e ligar com um só nome todas as variedades de sociedades e igrejas de hoje que pertençam ao Cristianismo histórico fora da Igreja, fora da Ortodoxia.

Mas nossa comunhão com a Igreja Celestial não é unilateral? Dá ela benefício para a alma? Os santos nos ouvem do mesmo modo que uma alma ouve a outra. E ainda mais: na terra o contato entre as pessoas através dos orgãos corporais dos sentidos de alguma forma impede e esconde a imediata comunhão das almas, mas na esfera terra-céu essa comunhão é livre. Nessa esfera nossa voz, nossas palavras, leituras e cantos no trabalho de oração são necessários para nós, para unir dois ou três de nós ou uma igreja inteira em uma única alma comum, "para que com uma única alma possamos cantar hinos" para Deus e Seus santos.

É dito sobre as relações terrestres: "diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és." "um homem apreende com suas companhias"—seja o bem ou o mal. Não é assim também na esfera puramente espiritual? O Apóstolo João nos explica na sua epístola católica, que é para todos os Cristãos, inclusos ai nós mesmos: "O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos (o Evangelho, as epístolas e o Apocalipse), para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo. 1:3). Ele escreveu isso, já sendo bem velho, dando-nos seu testamento de que os homens vivem em amor comum. O chefe dos Apóstolos escreve: "E tenho por justo, enquanto estiver neste tabernáculo, despertar-vos com admoestações. Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo mo tem revelado. Mas também eu procurarei em toda ocasião que depois da minha morte tenhais lembranças destas coisas. (II Pe. 1:13-15).

Porém, falando de única Igreja cesleste-terrestre, nós não confundimos duas esferas distintas?

Nós não as confundimos, simplesmente confessamos a união delas: "Quando Tu completaste Tua dispensação por nós, unindo coisas da terra com os Céus, Tu ascendeste em glória, ó Cristo nosso Deus, não partindo daqui, mas permanecendo inseparável de nós e falando alto para aqueles que Te amam: Eu estou convosco, e ninguém pode ser contra vós." (Kondakion da Ascensão). A Epístola Canônica dos patriarcas orientais no século XVII expressa a verdade da unidade da Igreja com as palavras: "Dois rebanhos de um único Pastor." E assim nós acreditamos.

Mas porque os Padres da Igreja nos Concílios não levantaram a questão da Igreja Celestial, mas pela palavra "Igreja" sempre tiveram em mente a existência na terra? E porque em seus trabalhos deve-se "procurar" por passagens nas quais eles ascendem para pensamentos sobre a esfera celeste, dando a ela o nome de "Igreja"?

Isso é porque eles estavam encarregados de pastorear o rebanho terrestre de Cristo: todos os seus pensamentos, todos os seus esforços e cuidados se referiam a arrumação e serviços do que havia sido confiado para eles — a preservação da fé e a ordenação da esfera terrestre da Igreja. Mas seus serviços eram iluminados e recebiam poder pela constante consciência de estar no único e ecumênico Reino celeste-terrestre ou Corpo de Cristo.

Como Podemos Servir a Igreja.

Se amamos a Igreja, se ela é querida para nós, então como pode, cada um de nós servi-la? E se alguém te perguntasse: "Como tu a serviste? De que atividades podes tu te gloriar?"

Quando essa questão foi posta para o Apóstolo Paulo e ele teve que defender sua autoridade perante os Cristãos de Corinto, ele respondeu dessa forma: "gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" (II Co. 11:30). Glória na fraqueza? Sem dúvida, a humilde realização de nossas fraquezas é benéfica para cada um de nós, mas como podemos servir a Igreja dessa maneira? Ao mesmo tempo, o santo Apóstolo insiste em sua resposta e explica: "Porque quando estou fraco então sou forte" (II Co. 12:10).

Porém isso não e um paradoxo, nem jogo de palavras, nem contradição. O Apóstolo não mostra traços de ser "imaginativo" ou "mordaz." Ele escreve da plenitude de seu coração, de uma profunda convicção. Seu significado é direto. Ele fala do princípio Cristão de vida.

O Cristianismo transtorna os conceitos usuais dominantes no mundo, e em particular o conceito de poder. No Cristianismo poder é o que "parece para o mundo ser impotência, o que aparece para a visão míope do mundo como sendo uma desprezível fraqueza. Fraqueza é a lei da nova vida e ação, sob a qual bandeira o Evangelho declara guerra ao mundo. "Bem aventurados são os pobres de espírito. Bem aventurados os que choram. Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra."

E assim, duas leis contraditórias de vida põem-se uma contra a outra, dois reinos: o reino dos mansos e o reino do poder. O reino dos mansos é obrigado a fazer guerra contra o reino do poder, por estar localizado no meio e cercado por todos os lados pelo reino do poder e força.

A Igreja é mansa. Por essa razão ela tem necessidade de proteção e defesa. Só que os meios de defesa dela devem ser bons. No passado, tanto a Igreja de Bizâncio quanto a da Rússia tiveram defensores externos: um sistema de governo, os imperadores, os czares... Os tempos mudaram. Agora o cuidar da Igreja foi confiado pelo Senhor ao próprio povo da Igreja, ou seja, para cada Cristão Ortodoxo. A esse respeito, nós estamos retornando aos tempos dos primeiros Cristãos. Nossos tempos nos chamam todos para um padrão de sacrifício consciente e constante pela Igreja, cada um com seus talentos e meios. Porém o principal poder do serviço não está em nosso conhecimento ou habilidades e chamados. O principal poder está naquela "fraqueza através da qual o poder de Deus vem habitar." Isto é, em nossa moralidade, em nosso viver de acordo com a lei do Evangelho, com a lei da Igreja...

Cada um de nós tem um lugar nas fileiras dos soldados da Igreja, e a forma de participação no serviço da Igreja é variada. O Apóstolo escreve: "Cada um fique na vocação em que foi chamado." Traduzindo essa citação em conceito contemporâneo, nós podemos dizer que não existe uma profissão boa construtiva, e uma posição social na qual a pessoa boa não possa de tempos em tempos com seu bom bocadinho para o trabalho da Igreja...

Deve-se ver a Igreja como o Corpo único de Cristo, um organismo único, uma única substância. A individualidade de cada pessoa é o plano confiado a ela. Para ela trabalhar, purificar e produzir frutos. Trabalhando em nós mesmos, nós trabalhamos para o todo, para a Igreja inteira, para sua Cabeça, o Salvador sem ser. Deixando-se o plano fora de controle, negligenciado-o, condenando-o, nós trazemos dano não só para nós mesmos, mas também para a Igreja. Não juntando o que é da nossa alma, nós espalhamos o que é da Igreja.

Nosso serviço para a Igreja consiste nisso: que através da nossa vida Cristã pessoal, o espírito dos valores do Evangelho flua para a vida do mundo, envergonhando assim os inimigos da Igreja. Nas nossas qualidades pessoais está a garantia ou a unidade interna da Igreja como um todo e da paróquia em particular, e é dessa fonte que vem o entendimento mutuo, obediência, unanimidade de objetivos, trabalho fraterno pela glória de Deus e a glória da Igreja. Assim uma atmosfera de Igreja completamente especial é estabelecida. Em tal atmosfera a pessoa sente que está num mundo especial, que dá paz e alegria para a alma, refrescando-a e renovando-a. Esforça-se para chegar nessa atmosfera como em uma nova terra, a terra dos mansos. Nela sente-se o poder benéfico da Igreja dentro de si. É mais fácil, nessas circunstâncias a alma se abrir para a recepção do sopro da graça de Deus que habita na Igreja. Mas se esse espírito está ausente; se entre os grupos da Igreja há divisões, discórdia, luta por ambição e amor-próprio, pode-se então, em tais circunstâncias, se falar do poder da Igreja?

Assim, para a questão de como se pode servir a Igreja, a resposta é simples: por obediência ativa para ela. Ativa obediência para ela é uma vida de acordo com as regras da Igreja, com observação das leis morais, com atendimento zeloso aos ofícios da igreja, com oração em casa e com uma base e direção Cristã na vida de casa. Podemos dizer então, de modo geral, que para nós isso consiste na alegria de pertencer a Igreja Russa no Exílio como uma verdadeira confessora da fé Católica Ortodoxa e uma arauta da justiça, e na paz de nossa vida pessoal, correspondente a essa participação.

Folheto Missionário número P077j

Copyright © 2004 Holy Trinity Orthodox Mission

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Redator: Bispo Alexandre Mileant

(invisible_church_pomazansky.doc, 09-29-2004)