Pequeno Compêndio

 

da Igreja Apostólica Ortodoxa


Contente: O que é a Ortodoxia. Quem fundou a Igreja Ortodoxa? Como se organizou a Igreja Ortodoxa? Onde está expressa claramente a Doutrina Cristã? Onde se encontram as fontes da Doutrina Ortodoxa? Podemos resumir o que foi dito? Quem são os Santos Padres? O que quer dizer: a Igreja é uma vida misteriosa em Cristo? O que quer dizer: a Igreja é o Corpo Místico de Cristo? O que quer dizer: a Igreja existe em nós? A Igreja é um mistério e um Sacramento? Como sabemos das resoluções da Igreja Católica Ortodoxa? O que temos ainda como História da Igreja? Por que se empresta tanto valor ao Concílio Ecumênico? E a Ortodoxia hoje? Concluindo... por que Sou Ortodoxo?


 

 

O que é a Ortodoxia (palavra grega que significa Doutrina Reta)?

É a autêntica Religião Cristã, pregada no Oriente por Nosso Senhor Jesus Cristo, transmitida pelos Apóstolos e seus sucessores e conservada e ensinada pela Igreja Ortodoxa, através dos séculos, em toda a sua autêntica pureza. É a doutrina reta, contida na Sagrada Escritura, sem aumentar, nem diminuir nada, na Tradição e nos 7 primeiros Concílios Ecumênicos. É a Doutrina ensinada e pregada pela Igreja Ortodoxa para glorificar a Deus e salvar as almas, segundo a Vontade de Jesus Cristo. É Ortodoxo quem segue a Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo e os ensinamentos da Igreja Ortodoxa, mais exatamente, é aquele que segue a reta Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esta Doutrina e Religião ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo, difundida e propagada pela Igreja Ortodoxa chama-se "A Ortodoxia."

Quem fundou a Igreja Ortodoxa?

A Igreja Ortodoxa foi fundada unicamente por Nosso Senhor Jesus Cristo, sobre os doze Apóstolos, na cidade de Jerusalém, quando o Espírito Santo, prometido, desceu em forma de línguas de fogo sobre os Apóstolos, no cenáculo, no dia de Pentecostes. E estavam lá a Virgem Maria, os Apóstolos e discípulos reunidos (Atos 1:13-15). Esta foi a primeira Comunidade Cristã ou de crentes em Nosso Senhor Jesus Cristo. A primeira Igreja divina e sobrenatural instituída para salvação dos homens. Cristo permanece com sua Igreja até a consumação dos séculos. Ele é o seu único cabeça e chefe. Existe só uma autoridade suprema: Jesus Cristo, seu fundador, verdadeiro Homem. Desde Jerusalém, o Evangelho foi propagado pelos Apóstolos, nos países vizinhos. E foi em Antioquia que os seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo foram chamados, pela primeira vez, Cristãos (Atos 11:26).

Como se organizou

a Igreja Ortodoxa?

Santo Inácio de Antioquia (séc. I D.C). é o primeiro autor cristão a enumerar os bispos, presbíteros e diáconos como três graus do ministério cristão, essa hierarquia fixou-se na tradição da Igreja na sua organização. De fato, os ortodoxos atribuem a autoridade máxima ao colégio dos bispos, concedendo um destaque aos Patriarcas como guardião especial das fontes de verdade da Igreja.

A Igreja Ortodoxa possui a autêntica Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, tal como saiu dos seus lábios e foi pregada pelos Apóstolos no primeiro século da era cristã, pratica seus mandamentos e vive a vida da graça, que nos deixou nos sacramentos, após sua morte e Ressurreição e os ensinamentos dos 7 primeiros concílios, para que alcancemos a vida eterna. A Igreja é a depositária da Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo e a continuadora da obra da Salvação, do amor e da conquista da vida eterna, por toda a terra. Deus prometeu à Igreja a assistência do Divino Espírito Santo, não cair e não ensinar o êrro e "Eu permanecerei convosco até os confins dos séculos."

A administração dos fiéis cristãos era exercida pelos Bispos, Presbíteros e Diáconos e em cada região há uma autoridade maior, chamada Patriarca. O mundo cristão, nos primórdios do cristianismo tinha cinco Patriarcados (a Pentarquia). Em ordem cronológica: Patriarcado de Jerusalém, Patriarcado de Antioquia, Patriarcado de Alexandria, Patriarcado de Constantinopla e Patriarcado de Roma; todos eles tinham iguais direitos e eram independentes na administração; ao Patriarcado de Roma foi dado o título de "Primus inter pares," por ser Roma, na época, a capital do império (conf. 1.o Concílio Ecumênico, art. 36), ficando assim, na ordem hierárquica: os Patriarcados de Roma, da Nova Roma - Constantinopla, de Antioquia, de Alexandria e de Jerusalém; mas, a mais alta autoridade da Igreja Cristã, ainda era o Concílio Ecumênico, cujas decisões são obrigatórias para todas as Igrejas Cristãs.

Onde está expressa

claramente a Doutrina Cristã?

As bases da verdadeira doutrina cristão foram assentadas no Primeiro Concílio Ecumênico, convocado por Constantino, o Grande Imperador de Constantinopla e de todo o Oriente, na cidade de Nicéia, no ano de 325. Os 318 Santos Padres compuseram o "Credo ou símbolo da Fé, que em pequenas palavras, expressa claramente nossa crença e doutrina cristã. Este Credo foi completado em seus últimos artigos no Concílio Ecumênico de Constantinopla (ano 381) e por isso se chama Credo ou Símbolo da Fé Niceno-Constantinopolitano. O triunfo do Cristianismo se produziu três séculos depois da morte de Jesus Cristo, com a paz decretada por Constantino, Imperador de Roma. Até então o Cristianismo vivia nas catacumbas, às escondidas e sem prestígio da verdadeira liberdade de celebrar todos os seus atos religiosos e aprendiam a conhecer a Cristo (Livro dos Atos dos Apóstolos). Mais tarde, foram convocados outros Concílios Ecumênicos (sete) reafirmando neles os verdadeiros dogmas cristãos.

Onde se encontram as fontes

da Doutrina Ortodoxa?

As fontes de onde extraímos a nossa Fé Ortodoxa são duas: a Sagrada Escritura e Santa Tradição. A revelação dada por Deus ao homem sobre o que deve crer e praticar para agradar a Deus e conseguir sua salvação eterna se acham unicamente nestas duas fontes. A única que interpreta e ensina esta Revelação é a Igreja, pois, assim estabeleceu Nosso Senhor Jesus Cristo e, é uma prova de segurança de que estamos na Verdade, pois Jesus Cristo prometeu sua assistência a seus Apóstolos e a sua Igreja. A Bíblia é a Palavra de Deus revelada aos homens por meio dos patriarcas, profetas (V.T). e apóstolos (N.T.), ou os escritos do Antigo e Novo Testamento.

Podemos resumir o que foi dito?

A Igreja Ortodoxa viu a Luz lá na Palestina, com Jesus Cristo, expandiu-se com os Apóstolos e cimentou-se sobre o sangue dos mártires. A Igreja Ortodoxa não morre, porque descansa sobre Jesus Cristo e tem a promessa de que existirá até os confins dos séculos. Em vão seus inimigos e todos os impiedosos trataram de destruí-la, de negá-la ou de perseguí-la. A Igreja Ortodoxa, à semelhança de seu Divino Mestre e fundador Jesus Cristo, desde seu nascimento mesmo, no ano 33 d.C. padeceu e sofreu terríveis perseguições sob o Império Romano, passando pelos otomanos e até nossos dias sofre a mais violenta das perseguições daqueles que se omitem em querer conhecê-la. O Sangue de infinidade de mártires havia selado e provado ao mundo a sublimidade de seu amor e perfeição e a verdade de sua Doutrina Divina. Apesar de tudo, sempre subsistiu e triunfou. Ela vive e viverá eternamente em Cristo e seguirá confiante em suas palavras: "Eu estarei no meio de vós até a consumação dos séculos. As portas do inferno não prevalecerão contra Ela."

Onde se encontra manifesta:

A Sagrada Escritura?

 

A Tradição Apostólica?

A Tradição, encontramo-la manifestada em:

1.o - Os sete Concílios Ecumênicos; 2.o - Os Santos Padres e Escritores Cristãos; 3.o - Símbolo dos Apóstolos; 4.o - Símbolo Niceno-Constantinopolitano; 5.o - As Liturgias da Igreja; 6.o - O Magistério Permanente da Igreja; 7.o - A Legislação Eclesiástica.

A Ortodoxia é a Igreja de Cristo sobre a terra. A Igreja de Cristo não é só uma instituição, mas uma vida nova com Cristo e em Cristo dirigida pelo Espírito Santo.

Quem são os Santos Padres?

Desde os primeiros séculos do Cristianismo houve grandes pensadores que puseram sua inteligência a serviço de Cristo e sua doutrina. Tais personagens vazaram sua ciência e profundos conhecimentos em escritos, onde explicavam a nova Fé e a defendiam dos ataques de seus inimigos e hereges. Sempre na Igreja de Jesus Cristo, houve hereges e heresias: Docetas, Gnósticos, Arianos, Eutiquianos, Monotelistas, Maniqueus, Iconoclastas,... que a Igreja condenou, em vários Concílios, estabelecendo a verdadeira Fé. Entre os principais escritores e expositores do cristianismo primitivo temos dois grupos: os Padres Apostólicos, sucessores imediatos dos Apóstolos e os Grandes escritores: a Didaquê, o Pastor de Hermas, Santo Inácio, São Policarpo, Papias, etc, e os Santos Padres, que defenderam e sistematizaram a verdadeira doutrina da Igreja Ortodoxa, como: São Basílio, o Grande, São João Crisóstomo, São Cirilo de Alexandria, São Cirilo de Jerusalém, São Gregório Nazianzeno, São Gregório de Nissa, Orígenes e Santo Éfrem, o Siríaco, o historiador Eusébio, São João Damasceno, que foi o primeiro a compendiar de modo sistemático toda a Teologia Ortodoxa; no Ocidente encontramos os seguintes Santos Padres: Santo Agostinho de Hipona, São Jerônimo, Santo Ambrósio, Santo Hilário de Poitiers, São Gregório Magno, São Leão Magno, etc. O período desta era patrística cristã abrange desde o ano 100 até o ano 900 d.C.. A Igreja tem grande veneração por esses sábios, tanto por sua santidade como por sua ciência, constituindo-os testemunhos verídicos e inquestionáveis do primitivo cristianismo, junto com os Concílios, a principal fonte da Tradição Divina e Apostólica.

O que quer dizer: a Igreja é uma

vida misteriosa em Cristo?

A Ortodoxia é a Igreja de Cristo sobre a terra, é uma nova vida com Cristo e em Cristo, dirigida pelo Espírito Santo. A luz da ressurreição de Cristo reina sobre a Igreja e a alegria da ressurreição, do triunfo sobre a morte, compenetra-se n'Ela. O Senhor ressuscitado vive conosco e nossa vida na Igreja é uma vida misteriosa em Cristo. Os "Cristãos" levam este nome precisamente porque eles são de Cristo; eles vivem em Cristo e Cristo vive neles. A encarnação não é unicamente uma idéia ou uma doutrina; é antes de tudo um fato que se produziu uma vez no tempo, mas que possue toda a força da eternidade. E esta Encarnação perpetua, sem confusão, as duas naturezas: a natureza Divina e a natureza humana, que forma a Igreja.

O que quer dizer: a Igreja é

o Corpo Místico de Cristo?

A Igreja é o Corpo Místico de Cristo, enquanto unidade de vida com Ele. Expressa-se a mesma idéia quando se dá à Igreja o nome de Esposa de Cristo ou Esposa do Verbo. A Igreja, enquanto Corpo de Cristo não é Cristo-Deus-homem, pois Ela não é mais que sua humanidade; mas é a vida em Cristo e com Cristo, a vida de Cristo em nós: "Não sou mais eu quem vive, é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20). A Igreja, em sua qualidade de Corpo de Cristo, que vive da vida de Cristo, é por Ele mesmo o domínio, onde está presente e onde opera o Divino Espírito Santo, porque Ela é o Corpo de Cristo. Eis aqui, porque se pode definir a Igreja como uma vida bendita no Espírito Santo: diz-se algumas vezes também, que Ela é o Espírito Santo, que vive na humanidade. A Igreja é a obra da Encarnação do Verbo, Ela é Encarnação: Deus se assimila à natureza humana se assimila à natureza divina. É a deificação (Zeosis) da natureza humana, consequência da união de duas naturezas em Cristo. Então, a Igreja é o Corpo de Cristo: pela Igreja nós participamos da vida divina da Santíssima Trindade. Ela é a vida em Cristo, logo, a Igreja é o Corpo de Cristo, que permanece indissoluvelmente unida à Santíssima Trindade.

O que quer dizer: a Igreja existe em nós?

A Igreja é uma experiência de vida. "Vinde e vede": não se concebe a Igreja só como instituição a que pertencem os batizados, mas uma experiência de vida onde os batizados encontram com o Pai, onde os cristãos vêm glorificar, render graças e pedir a ajuda deste Pai carinhoso pronto a ajudar os filhos. A essência da Igreja é a vida divina, revelando-se na vida das criaturas. A Igreja pela Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo e pela força do Espírito Santo em Pentecostes, transmite a vida espiritual, escondida no "homem secreto," na "câmara interior" do seu coração.

A Igreja é um mistério e um Sacramento?

A vida da Igreja é a vida da fé, pela qual as coisas deste mundo se tornam transparentes, existe por sobre a natureza, é compatível com a idéia deste mundo, fazendo dela um objeto de fé. "Eu creio na Santa Igreja Católica e Apostólica." O homem por ela se torna universal, sua vida em Deus se une à vida de toda a criação, escortina-se para o amor cósmico. Esta Igreja, que une não somente os vivos, mas, também os mortos, as hierarquias dos anjos do mundo e do homem. Ela se perde na eternidade - Eu estarei convosco até os confins dos séculos. Certamente a Igreja não alcança a plenitude de sua existência a não ser depois da Encarnação do Verbo, mas foi concebida pelo Verbo e foi fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. A vida indivisível da Igreja, a vida da fé, está indissoluvelmente unida às formas terrestres. Ela tem um começo na história e estabeleceu a "Nova Aliança" entre Deus e os homens (Arc. Sergio Boulgakoff - L'Ortodoxie - Cap. 1 Sous le titre "L'Église). Por isso, tem o poder de proclamar a Verdade. Os Concílios são, antes de tudo, a expressão tangível do espírito de "conciliaridade," e a realização da Igreja, de sua verdade. Não é necessário considerar um Concílio como uma instituição toda exterior, que proclama por via de autoridade uma lei divina ou eclesiástica, uma verdade por outra parte inacessível aos membros isolados da Igreja. É necessário recordar sempre que o Concílio, seja ou não ecumênico, não mais que um órgão exterior, estabelecido para a proclamação infalível da verdade e instituído para ele. Este princípio nos levaria a concluir que a Igreja, antes dos Concílios e sem Concílios, é "Católica e infalível." Ela subordinaria a um ato externo, tal qual assembléia eclesiástica, à ação do Espírito Santo. Só a Igreja pode dar testemunho da verdade e conhecê-la em sua "Conciliaridade," em sua identidade em si mesma. A quem pertence o poder de proclamar a verdade doutrinal? Ao poder eclesiástico, combinado entre os irmãos do episcopado. Mas esta proclamação, o órgão do poder eclesiástico não se torna por si mesmo o possuidor da infalibilidade. Este não pertence mais que à Igreja em sua ecumenicidade. O poder eclesiástico (Concílio dos Bispos) é o órgão legal da proclamação da verdade e que é a consciência mesma da Igreja, expressão da verdade. Ele, o Concílio se torna de alguma maneira de um todo, em prol de todos (Sergio Boulgakoff, cap. III, La Hierarchie Eclesiastique - L'Orthodoxie).

Como sabemos das resoluções

da Igreja Católica Ortodoxa?

Para responder a essa pergunta devemos reunir as seguintes fontes de informações:

- As Sagradas Escrituras; - O Direito Apostólico (Nomocanon: Regras da lei); - As disposições e artigos dos Concílios Ecumênicos; - As disposições eclesiásticas permanentes.

A Igreja Ortodoxa, para sua reta organização e administração, possui seu Direito Canônico Ortodoxo, chamado Nomocanon, órgão que regula seu funcionamento. O Direito Canônico: "ensinai aos homens a observar tudo aquilo que Eu os vos tenho ensinado" (Mt 28:20). É por sua divina constituição que a Igreja, como guardiã da Lei Divina, tem o direito de estabelecer cânones (canon Regra), de julgar e se necessário de julgar e de aplicar sanções: "Quem vos escuta, a Mim escuta; quem vos despreza, a Mim despreza" (Lc 10:16). Desde suas origens, a Igreja tem consciência de sua responsabilidade e de sua ordem histórica: o Concílio de Jerusalém regulou as questões relativas aos cristãos de origem judaica (At 15:22). São Paulo se refere às questões das assembléias, às qualidades requeridas pelos bispos, ao uso dos carismas. Durante os três primeiros séculos, a Igreja empregou o direito de resolver as questões eclesiásticas e esse costume se encontra na Didaquê (fim do séc. 1.o e princípio do século 2.o), a tradição apostólica de Hipólito (princípio do séc. 3.o), a Didascália dos Apóstolos (até o ano 250), as constituições Apostólicas (até 380).

O que temos ainda

como História da Igreja?

Com o Século IV, a Igreja entra no tempo dos Concílios regulares. Muitas coleções nos dão os históricos dos Cânones (por exemplo a Coleção de João, o Escolástico, no ano 550). A harmonia dos poderes da Igreja e do Império, explica a presença do Direito Eclesiástico, nas coleções jurídicas do Império de Teodósio ou de Justiniano (Digesto Novas, etc.). Mais tarde, apareceram os trabalhos dos canonistas Balsamon, Zonares, etc.. A Ortodoxia não possui um código unificado, mas tem códigos locais que remontam à Idade Média. Na Igreja Ortodoxa a autoridade máxima se constitue no Concílio Ecumênico, cujas decisões abrangem toda a Igreja de Cristo. A infalibilidade se acha na Igreja inteira, representada na reunião de todos os bispos em concílio. Historicamente, o período dos Concílios Ecumênicos representa para os ortodoxos um período "normativo." A Igreja Ortodoxa reconhece sete Concílios Ecumênicos:

Concílio

Ano d.C.

Doutrina

1.o - Nicéia

325

Divindade de Jesus Cristo. Condenação de Ários

2.o - Constantinopla I

381

Divindade do Espírito Santo. Condenação de Macedônio

3.o - Éfeso

431

Maternidade Divina de Maria. Condenação de Nestório. Em Cristo uma Hipóstase, a Divina.

4.o - Calcedônia

451

Dualidade da natureza em Jesus Cristo: Condenação de Eutiques, que ensinava o monofisismo.

5.o - Constantinopla II

553

Condenou as obras escritas pelos seguidores do herege Nestório.

6.o - Constantinopla III

680

Dualidade de Vontades em Jesus Cristo, não contrariadas uma pela outra, mas a vontade humana sujeita à vontade Divina. Condenação do Monotelatismo.

7.o - Nicéia II

787

Condenação do Iconoclasmo.

No 7.o Concílio Ecumênico, o de Nicéia II (787), defeniu-se a doutrina Ortodoxa das imagens (Ícones).

Por que se empresta tanto

valor ao Concílio Ecumênico?

O Concílio local é uma reunião de pastores e doutores da Igreja, mas não de todo mundo cristão. O valor Concílio Ecumênico é universal. Os Santos Apóstolos deram o primeiro exemplo destas reuniões, comparecendo ao primeiro Concílio Apostólico em Jerusalém, presidido por São Tiago Apóstolo. A Igreja é uma reunião de crentes unidos na comunhão da fé Ortodoxa, na Legislação Divina, na sagrada instituição do Sacerdócio e nos Sagrados Sacramentos. Temos a certeza de que Nosso Senhor Jesus Cristo é o único cabeça da Igreja, porque assim nos ensina São Paulo.: "Porque ninguém pode por outro fundamento, fora aquele que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (I Cor 3:11).

E a Ortodoxia hoje?

A Igreja Ortodoxa é Una, porque é um só corpo espiritual, tem um só cabeça, Jesus Cristo, está animada por um só Espírito de Deus. A unidade se expressa na mesma fé, na Comunhão, nas orações e nos Sacramentos. É Santa como sua base: Nosso Senhor Jesus Cristo, e porque nela mora o Espírito Santo, que a santifica, e porque frutos santos. É Católica, Universal ou Ecumênica: abrange a todos os fiéis, de todos os lugares, de todos os povos ou regiões. Está aberta para todo aquele que deseja se unir a Ela (Mt 28:18-12). É Apostólica, porque conserva sem interrupção a doutrina de Jesus Cristo, e dos Dons do Espírito Santo, desde os tempos dos Apóstolos. Hoje a Igreja Ortodoxa renasceu, com novos impulsos, dando as nações da terra. A pentarquia ainda se constitue dos Patriarcados de Jerusalém, Alexandria, Antioquia e Constantinopla...

Concluindo... por que Sou Ortodoxo?

Sou Ortodoxo porque pertenço à sociedade de fiéis Cristãos unidos pela Fé Ortodoxa e vivem conforme aquilo que Ela ensina, obedece aos seus Pastores em tudo o que acontece à Glória de Deus e à Salvação da alma. Sou Ortodoxo porque vivo e pratico a fé e a virtude na Igreja. Considero-me membro dela, por meio do Santo Batismo; assisto às Igrejas Ortodoxas, a seus cultos e sacerdotes; acerco-me dos Santos Sacramentos; escuto a Voz de Deus através de seus Vigários; trato de viver da Graça que se derrama continuamente sobre todos os seus filhos. Sou Ortodoxo, porque amo ao verdadeiro Deus, a Jesus Cristo, seu Filho Unigênito, e ao Divino Espírito Santo; amo e procuro seguir sua Doutrina, seguindo assim o que ensina e prega a Santa Igreja Católica Apostólica Ortodoxa. Sou Ortodoxo porque creio exatamente no que os Apóstolos ensinaram. Sou Ortodoxo porque creio nas verdades que a Ortodoxia ensina e se acham contidas no Credo Niceno-Constantinopolitano, onde se afirma:

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(pequeno_compendio.doc, 04-16-99).